terça-feira, 30 de junho de 2009

Companheira

Não consigo mais parar com essa vida de boêmio não, de dia, de noite eu vou me expondo bebendo e cantando tentando achar uma solução.

Feito um vaga-lume eu vou iluminado à escuridão, vem sua lembrança e mexe com minha emoção.

E vou procurando e vou mudando de ilusão de mão e mão eu vou tentando assim acabar com essa solidão.

Sentado à tarde, curtindo o som de um violão ouço alguém chorando também por causa de uma paixão.

Já não me iludo e nem me preocupo mais com essa sensação, já acostumado sigo andando procurando uma direção.

Eu não sou ingrato e não abandono quem me consolou, você foi embora e a boemia foi à companheira que não me deixou. Nas madrugadas, nas noites frias tava ela ali, junto comigo me consolando até eu dormir.

Final de semana eu abro e fecho o bar do João, lá naquela esquina eu bebo e choro com meu violão, até hoje canto e lembro da nossa canção.

Já bebi demais sentado aqui, chorando sozinho arrumei confusão, parece que quando tudo esta ruim aparece sempre uma nova situação.

Ela me entende e não me desdenha por nada não, errado ou certo ela sempre me entende, essa boemia é o que faltava no meu mundo de ilusão.

Não tenho amigos e não procuro outra ilusão, hoje o que restou foi minha companheira boemia que me trouxe anestesia pra me tirar da solidão.

Renato Garcia

(e-mail para contato: Renatogarcia.jornalismo@gmail.com )


Um comentário:

Camila Nogueira disse...

Meu lindo Parabéns!
Você escreve muito bem!
Mas continuo achando que você estava "Amarrotado", como você mesmo diz, rsrs quando escreveu este belo texto.
Beijos